A SÍNDROME DO PEQUENO PODER NO STF


Onde me devo abster da moral, deixo de ter poder.
Goethe


O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu licitação para contratação de uma empresa especializada em monitoramento de redes sociais com fito exclusivo de vigiar as menções à Suprema Corte. O valor destinado para a contratação é de 345 mil reais, um valor considerado exorbitante para que conheçam as demandas de um povo cada vez mais indignado.
Há na Suprema Corte do nosso país, um triunvirato pernicioso, em que Ministros com características evidentes da síndrome do pequeno poder –  quando um indivíduo que ascende a um posto hierárquico superior, reduz aos que estão próximos; por que não, aplicar o transtorno na mais alta corte do Brasil, em que homens de baixa qualidade moral, cognitiva e intelectual a compõem?
Nos dias atuais, dividem as páginas dos noticiários nomes daqueles que  deveriam ser discretos, polidos e o mais importante, serem os verdadeiros e confiáveis guardiões da Constituição. Para Maquiavel, “o poder deixa de ser um vício dos poderosos, e torna se uma constante da natureza humana antes de toda a política. Dominar o outro para não ser dominado”. É possível divagar a frase de Nicolau Maquiavel, imaginando-o com o dedo para três dos ministros que não honram as togas que ostentam. 


• Gilmar Mendes usa das paredes de seu gabinete um panteão dos seus desafetos, se utiliza de provas imprestáveis para tomada de decisões – a vaza-jato; defere habeas corpus como emitimos opiniões (às vezes sem o mínimo entendimento da matéria), mantém contatos negociais sem  transparência, usa do cargo que ocupa para requerer polpudas indenizações… mas lembremos, ele é um bom operador da justiça, é tido como o mais técnico dos ministros, o que faz dele a mais degradante figura do judiciário, uma herança maldita do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso que nos deixou um ótimo legado;

• Alexandre de Moraes, acossado pelo governo anterior, aceitou o desafio na disputa pelo poder, o pequeno poder de um ex-Presidente que figurou no baixo clero da Câmara dos Deputados por quase 30 anos, mas subitamente e inesperadamente presidente, em posse de famosa caneta bic, tagarelou com ameaças, bravatas e blefes, Moraes caiu como um pato, faltou a ele equilíbrio para lidar com situações adversas, fora traído pelo seu temperamento, deduzidas as características da síndrome, recebeu homenagens em forma de epítetos jocosos e desrespeitosos advindos de uma turba raivosa, vítima de suas decisões. Moraes fora indicado pelo ex-Presidente Temer, e o que se dizia à época, para além de seus interesses, como retribuição aos serviços prestados, algo que não por coincidência, estamos assistindo ao vivo no Governo de Luís III;

• Dias Tófolli, um homem que venceu na vida com muita humildade e hombridade; de cultura limitada, estudou direito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) – Largo de São Francisco em São Paulo; para se sustentar na capital do estado, apontava pedidos em uma pizzaria na Vila Madalena, após a formatura, passou pelo exame da OAB, advogou por quatro anos, mas manteve a ambição de se tornar juiz, e tentou… tentou e tentou… mas não conseguiu! Aproximou se de José Dirceu (dispensa apresentações) por afinidade ideológica, de quem foi assessor na Casa Civil, mas até hoje nos perguntamos, como pode um ser tão simplório, ocupar um cargo na Suprema Corte do Brasil? Bom, a resposta é clássica e enfadonha, o Senado Federal poluído e de cócoras para o sistema judiciário lhe concedeu o direito que as bancas de concursos públicos lhe negaram. Toffoli fora indicado por Lula, um soez de caráter compatível. Não podemos deixar cair no esquecimento que Antônio Dias Toffoli foi citado na delação de Marcelo Odebrecht como a amigo do amigo do meu pai, ou seja, o amigo de Lula, o que culminou na primeira crise da síndrome do pequeno poder, ao censurar a reportagem que trazia à tona sua ignomínia. Há um ditado antigo e muito utilizado no interior do Brasil, o de que “é o boi sonso é o que derruba a cerca”, mas Toffoli vem derrubando não somente a cerca, mas decisões exuberantemente fundamentadas pela Corte, que ora desonram.

Os ilustres tomam decisões ou negligenciam muitas delas, relegando a verdadeira justiça ao Deus-dará, e o que os aproxima da síndrome é a pequenez diante do cargo que ocupam, e a nós, povo, não há uma lista com as dez medidas de como lidar com a situação, nos resta cobrar veementemente os senadores que elegemos, para entre tantos atributos, frear o poder do judiciário, aqui, apontei três ministros, mas quantos já passaram? E há ainda outros se criando.
A contratação de uma empresa que perscrutará o povo não me impedirá de criticar homens que não nasceram para o Supremo Tribunal Federal, mas que por uma razão distante de qualquer entendimento comezinho lá estão.
É hora de irromper com sabedoria, exigir com a arma que temos em mãos – o nosso título de eleitor, aliás, o obtuso Toffoli me colocou caraminholas na cabeça, eles, os ministros são legitimados por 100 milhões de votos, claro, numa equação insana resolvida por ele mesmo, sob efeito inebriante de seu cafezinho de toda hora.

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